ENEM: Na reta final para o exame nacional, foco deve ser em simulados e na leitura de notícias
Faltando apenas um mês para a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os estudantes que vão participar da seleção devem aproveitar os últimos dias para revisar o conteúdo e fazer provas anteriores e simulados, sem esquecer de ficar ligado nos noticiários para saber o que está acontecendo no país e no mundo.
Além de solidificar os conceitos, a resolução de simulados e de provas anteriores deve ser a principal estratégia de estudo nesses últimos dias, aconselha o professor de matemática Bruno Vianna, do Colégio Mopi, do Rio de Janeiro. Segundo ele, essa prática faz com que o aluno se acostume com o tempo que terá para analisar e responder a todas as questões no dia do Enem.
“No Enem, o aluno tem que estar preparado para fazer uma prova nos moldes em que ele não está acostumado, pois é muito diferente das avaliações internas que as escolas costumam fazer. Os alunos não têm o costume de resolver 45 questões em um espaço grande de tempo”. Na área de matemática, Vianna diz que os assuntos que vêm aparecendo com mais frequência no Enem são os do ensino fundamental, como geometria plana e proporcionalidade. “Seria bom focar nesses assuntos principalmente”.
O coordenador de biologia do Colégio Sigma, de Brasília, Alessandro Reis, diz que é importante a leitura de temas da atualidade, que são abordados com frequência no Enem. Ele chama a atenção para assuntos ligados à ecologia, como o aquecimento global e os acordos internacionais sobre o clima, que envolvem também as relações internacionais. Outros assuntos da atualidade que podem ser abordados na prova, segundo o professor, são as ocorrências ligadas ao mosquito Aedes aegypti.
Reis também recomenda ao candidato a realização de provas anteriores, para aprender a gerenciar o tempo e identificar dificuldades. “Quando ele pega as provas anteriores para fazer, parte de exames reais e, com isso, ele consegue quantificar o tempo e ver onde encontrou mais dificuldades”.
Para a redação, a sugestão dos professores é analisar provas passadas e trabalhar a compreensão dos temas que já foram propostos. A coordenadora de redação do Colégio Sigma, Carolina Darolt, sugere que os alunos analisem as cinco últimas provas, montando uma estrutura de argumentação, ou seja, analisando qual seria a tese apresentada diante do tema e quais seriam os argumentos. Ela também destaca a importância de o aluno estar atualizado com os noticiários.
Outra dica para os últimos dias é fazer o percurso de casa até o local de prova, para garantir que o candidato saberá chegar ao endereço no dia do Enem, além de ter uma noção do tempo gasto até lá. O cartão de confirmação do Enem estará disponível na página eletrônica do exame a partir do dia 20 de outubro. O cartão informa o local onde cada estudante fará as provas, além do número de inscrição e dos horários.
Neste ano, o Enem será realizado em dois domingos, nos dias 5 e 12 de novembro. A abertura dos portões será às 12h e o fechamento às 13h. O início dos testes será às 13h30, sempre tendo como referência o horário de Brasília.
No primeiro domingo, os estudantes farão testes de ciências humanas, linguagens e redação e terão cinco horas e meia para fazer o exame. No segundo domingo, as provas serão de matemática e ciências da natureza, com prazo de quatro horas e meia.
Estratégia
Para fazer uma prova tranquila, é importante que o estudante tenha uma estratégia para resolver as questões. A dica do professor Bruno Vianna é deixar para o final as perguntas que ele não sabe resolver e priorizar os assuntos que domina.
“Quando esbarrar em uma questão que não domina e não sabe como resolver, ele deve automaticamente pular. Com isso, sobra mais tempo para voltar a essas questões e fazer com mais calma, evitando o nervosismo, porque o que é dele ele já garantiu, e o que vier depois é lucro”, diz. Segundo o professor, o nervosismo durante a prova geralmente é causado por estratégias equivocadas que o aluno costuma adotar.
O resultado das provas do Enem poderá ser usado pelos estudantes em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).