Delações da Odebrecht: Edvaldo Brito é suspeito de receber R$ 200 mil não declarados para campanha
O vereador de Salvador Edvaldo Brito é suspeito de ter recebido R$ 200 mil para campanha eleitoral de 2010 por meio do departamento de propinas da Odebrecht, quando concorria ao cargo de senador.
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou as investigações a partir do pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A PGR fez o pedido com base nas delações dos ex-executivos da Odebrecht.
De acordo com o inquérito, o ex-diretor de relações institucionais da empresa Cláudio Melo foi quem informou que houve apoio financeiro por parte do Grupo Odebrecht, no contexto das eleições do ano de 2010.
O repasse dos valores teria sido feito por José de Carvalho Filho, ex-funcionário da construtora, que teria disponibilizado R$ 200 mil para Edvaldo Brito, e outros R$ 100 mil para a campanha do filho dele, Antônio Brito. Os pagamentos teriam sido implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas da empresa, responsável pelo pagamento de propinas.
Por meio de nota, Antonio Brito e Edvaldo Brito declararam que recebem a notícia da autorização para apuração dos fatos relativos à eleição de 2010 com total serenidade, uma vez que, segundo eles, se trata de procedimento legal, no qual será possível apurar a verdade dos fatos. Destacam, ainda, que doações eleitorais recebidas, relativas a campanha de 2010, foram declaradas e aprovadas nas prestações de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).