Cresce procura por cursos na web como opção de formação

Não é novidade que a escola não detém o monopólio do conhecimento, mas cada vez mais gente simplesmente ignora essa figura para melhorar sua formação ou mesmo decidir novos rumos da carreira. Há quem se aprofunde na internet e outros, angustiados com tanta informação do mundo digital, buscam opções mais inovadoras.
O enfermeiro Julio Santos, de 35 anos, de Manaus, queria melhorar o inglês. Em vez de aprofundar aulas de conversação, preferiu o curso de Parada Cardíaca, Hipotermia, Ciência e Ressuscitação realizado pela internet na universidade americana da Pensilvânia. "Contemplou as duas áreas e me abriu muitas portas do conhecimento", diz ele, que trabalha no Samu de Manaus.
O publicitário Marcos Oliveira, de 34 anos, já fez cursos online (um de gameficação, aplicação da dinâmica de jogos no aprendizado, por exemplo) e encomendou uma caixa. "Meus interesses estão espalhados pelo mundo e fico frustrado no dia a dia. Tinha interesse em saber lidar com isso", diz. "O viés de inovação, que me interessava profissionalmente, veio mais como curiosidade."
Segundo o pesquisador em comportamento jovem Daniel Gasparetti, as pessoas não têm sido mais autodidatas, mas as possibilidades de educação estão mais diversas. "Hoje existe um espectro maior entre o formal e o totalmente informal", diz. "E como maneira de se sentir ativo muita gente está aprendendo o que, por exemplo, não vai usar no trabalho”. Estadão