Petrobras lança oferta para captar US$ 8,5 bi no exterior, diz agência

A Petrobras lançou nesta segunda-feira (10) uma oferta de US$ 8,5 bilhões em bônus no exterior, com a demanda pelos papéis superando os US$ 22 bilhões, informou o IFR, um serviço da agência de notícias Thomson Reuters. Havia expectativas de que a estatal lançasse montante recorde, acima dos US$ 11 bilhões obtidos em operação similar em maio do ano passado, o que acabou não acontecendo. A subsidiária Petrobras Global Finance está vendendo títulos de dívida em dólares em seis tranches (linhas), com vencimentos entre três e 30 anos. Os coordenadores da operação são HSBC, JPMorgan, Citi, Bank of China, BB Investimentos e Bradesco BBI. Um prospecto preliminar da oferta foi registrado nesta segunda-feira pela Petrobras na SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. Os recursos captados pela Petrobras devem ser usados para ajudar a financiar o plano de negócios da companhia de 2014 a 2018. Os investimentos da empresa estimados para o período de cinco anos foram reduzidos em quase 7% em relação ao plano anterior, ainda assim para o robusto montante de US$ 220,6 bilhões. A Petrobras padece de alto endividamento e defasagem dos preços dos combustíveis no mercado interno na comparação com os preços internacionais, além de estar enfrentando obstáculos para elevar sua produção. A ação preferencial da companhia acumula queda de cerca de 22 por cento neste ano até 7 de março, contra perda de 10,2 por cento do Ibovespa. No ano passado, a Petrobras foi classificada como a empresa mais endividada do mundo em um relatório do Bank of America Merrill Lynch. A empresa vem aumentando o tamanho de suas emissões de bônus em dólares ano após ano, pelo menos desde 2009, elevando os custos de financiamento. Em maio de 2013, a Petrobras protagonizou a maior captação de bônus em dólares por uma companhia da América Latina, ao vender US$ 11 bilhões nos mercados internacionais. Também foram seis tranches com prazos entre três e 30 anos, e a demanda naquela ocasião superou os US$ 50 bilhões. Informações G1