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Sem reajuste salarial, professores declaram greve em Lauro de Freitas após reunião com prefeita

A data base para ajuste era em abril, mas, até então, profissionais afirmam que não houve qualquer mudança

Cerca de 200 professores da rede pública de ensino em Lauro de Freitas se reuniram nesta quarta-feira (26) para decidir os termos de uma greve que pretendem declarar ainda nesta tarde. A decisão se deu após um encontro mal-sucedido com a prefeita do município Moema Gramacho (PT).

Em conversa com o Metro1, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Lauro de Freitas (Asprolf), Valdir Silva, explicou que a categoria está revoltada com a falta de atenção da gestão municipal com as demandas reivindicadas. 

“Os problemas vão desde a infraestrutura das escolas à falta de profissionais e cuidadores. Os alunos com deficiência estão em casa, sem educação, por causa disso. Além disso, está em pauta o piso nacional dos trabalhadores de educação”, disse.

Em janeiro, o Ministério da Educação reajustou o piso do magistério em 14,95% e o valor passou de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55. A data base para a mudança era em abril, mas, até então, os profissionais afirmam que não houve qualquer mudança em Lauro de Freitas.

A prefeita reuniu-se com alguns discentes nesta terça-feira (25) e anunciou mudanças que deixaram a classe descontente. “Fomos surpreendidos por Moema, que disse que vai ter uma mudança no ajuste de carreira. Ela quer quebrar a carreira única existente atualmente, separando o profissional do ensino médio da carreira dos demais níveis, como de licenciatura, pós-graduação e doutorado. Então ela só vai pagar piso para esses e, para os outros, vai dar o que quiser”, exclamou Valdir.

Segundo o presidente da Asprolf, a medida salarial é agravada pelos outros problemas na rede de educação da cidade. “Por isso, estamos em reunião agora e, daqui a pouco, vamos encaminhar a greve”, afirmou.

Em ofício a ser encaminhado à prefeitura, os professores reivindicam, entre outras coisas, o cumprimento do piso nacional, inclusive para profissionais contratados por Regime Especial de Direito Administrativo (Reda); a transparência das contas e despesas da Educação; a aceleração dos pagamentos retroativos; e a preservação dos níveis de carreira.

Fonte: Metro1

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