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“Projeto foi alterado sem ninguém saber. 80% era vegetação”, diz presidente de associação de Stella

Concreto reacendeu discussão de anos entre moradores e prefeitura sobre projeto para a orla

A presidente da Associação Stella4Praias (Associação de Moradores e Empresários da Orla Norte de Salvador), Clarice Bagrichevsky, negou a declaração do secretário da Cultura Fábio Mota de que os moradores de Stella Maris já conheciam o projeto de requalificação da orla local.

“O Fábio falou uma meia verdade. Acontece que ele pegou um projeto antigo, que na verdade teve realmente algumas audiências, mas não foram audiências publicas, e sim oficinas para definir a forma. Todo mundo sabe que a prefeitura faz o que ela quer e essas audiências são meramente protocoladas para que ela cumpra um dever legal”, afirma a moradora. 

Nos últimos dias, o trecho 1 da orla, onde fica parte da restinga urbana de Salvador, foi coberta por trechos de cimento para construir uma área de convivência. O concreto reacendeu uma discussão de anos entre moradores e prefeitura sobre o projeto para a orla. 

“Em 2014 vieram as oficinas. No desenho original, 80% era vegetação, as intervenções seriam o mínimo possível. Passaram alguns anos e o projeto foi alterado sem ninguém saber e quando ele reapareceu começou a briga”, conta.

A Associação ainda alega que a construção seria crime ambiental, por a Zona Costeira e destruir uma área de restinga. 

“A praia está toda cimentada. Então, o Fábio dizer que cimentou para colocar madeira em cima eu nunca vi na minha vida. Tenho milhões de fotos de restingas que não precisaram ser devastadas. Que é o que fazem no Rio de Janeiro, Espírito Santo… A vegetação é cercada para não ser destruída”, defende.

Fonte: Metro1

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