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Lei torna guerra de espadas patrimônio cultural de Senhor do Bonfim

 A prefeitura de Senhor do Bonfim, norte da Bahia, sancionou, na terça-feira (13), o projeto de lei que transforma a tradicional guerra de espadas, que ocorre durante o período junino, em patrimônio cultural e imaterial da cidade.

A proposta já havia sido aprovada, no final do mês passado, pela Câmara de Vereadores da cidade, por unanimidade. A medida, no entanto, divide opiniões na cidade, porque alguns moradores defendem o fim da prática por conta dos perigos de queimaduras nos participantes. No São João de 2016, ao menos 19 pessoas tiveram ferimentos no município.

Na noite desta quarta-feira (14), está programada uma festa organizada pela Associação dos Espadeiros para comemorar a sanção da lei.

Tradição

Apesar de perigosa, a tradição é mantida pelas famílias da cidade, que aguardam a chegada do São João para dar início a manifestação cultural.

O bairro da Gamboa, no município, é ponto de encontro dos "Espadeiros da Gamboa", grupo com mais de 70 participantes que se reúne para guerrear há mais de 50 anos.

Durante a guerra, os espadeiros usam roupas e capacetes para se proteger das espadas, mas não dispensam a oração para pedir proteção antes de dar início a tradição.

Em média, cada espadeiro leva 100 espadas para guerra, e algumas famílias chegam a gastar mais de mil reais com o arsenal.

 

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