
O Executivo completa nesta terça-feira (15) dois meses sem um líder no Senado. A função vinha sendo exercida por Fernando Bezerra (MDB-PE), que deixou o posto após ser preterido por Antônio Anastasia (PSDB) para uma nomeação no Tribunal de Contas da União. Na votação, nem o filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), apoiou o então líder.
Atualmente, quatro candidatos são cotados para assumir o espaço aberto pelo emedebista. Os aliados do presidente Jair Bolsonaro também não desistiram de Alessandro Vieira (PSD-MG), que foi convidado, mas recusou o cargo para não criar problemas para o aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa.
O preferido na disputa, segundo o colunista do site Metrópoles Igor Gadelha, é o atual líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Outros candidatos na disputa enfrentam resistência do Executivo por representarem bancadas pouco expressivas na Casa ou planejarem se dedicar a uma disputa eletoral.
Um nome que surpreende é o do Davi Alcolumbre (UB-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça. No segundo semestre do ano passado, o parlamentar do Amapá teve uma queda de braço com o presidente Jair Bolsonaro em torno da nomeação do então advogado-geral da União, André Mendonça, como ministro do Supremo Tribunal Federal.
Outro candidato forte nos bastidores é Marcos Rogério, de Rondônia. Recém-filiado ao partido do presidente, o PL, o parlamentar ganhou destaque pela defesa do governo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, formada majoritariamente por senadores independentes e de oposição ao governo.
Quem também está no radar do governo é Márcio Bittar (UB-AC). Fontes do Palácio do Planalto avaliam que ele não tem força para fazer a pauta do governo andar, muito por influencia da demora na tramitação da privatização da Eletrobrás, relatada pelo senador acreano. Mas seu nome está no páreo.
Fonte: Metropoles