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Índios baianos movimentam economia com produção diversificada, diz IBGE

Rotulado de forma preconceituosa como preguiçoso por parte dos grupos hegemônicos da sociedade, o índio baiano não só produz alimentos no território onde habita como os vende em feiras locais e ainda gera emprego no campo. É o que mostra o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado esta semana, após pesquisa realizada em 23 dos 33 territórios indígenas da Bahia, entre regularizados e ainda em estudo. Desenvolvido entre outubro de 2016 e setembro de 2017, o levantamento mostra que 3.689 áreas de produção agrícola indígena ocupam o equivalente a 74 mil campos de futebol ou 22% dos pouco mais de 327 mil hectares de área indígena no estado. A maioria das áreas de produção, segundo o IBGE, é coletiva e nelas há plantações de banana, mamão, feijão, goiaba, cacau, cupuaçu, seringa, milho, mandioca, caju, pimenta do reino, urucum, café, coco e a  criação de gado. Por estar ainda finalizando a pesquisa, o IBGE ainda não disponibilizou as informações sobre a quantidade de produção nessas áreas indígenas, que vêm se expandindo desde 2009, quando os índios intensificaram na Bahia as ações de “retomada”. Chamada de “invasões” por fazendeiros, as retomadas são ocupações de terra que os índios fazem como forma de reocupar o território supostamente de habitação tradicional indígena. 

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