Cotidiano

Pessoas mais engraçadas são, muitas vezes, as mais tristes

Particularmente, já soube um pouco mais a respeito de algumas delas e o que mais chamou a atenção foi o fato de que uma parcela expressiva, em sua vida privada, mais convivia com sentimentos de tristeza e angústia do que, propriamente, o contentamento que tanto demonstravam publicamente. Como profissional da psicoterapia, fiquei curioso com esta “ambivalência de humores” e fui averiguar se existiria alguma pesquisa que já houvesse tentado explicar esse estado artificial de animação. Localizei alguns poucos estudos que haviam se debruçado sobre o tema e devo confessar que fiquei bastante surpreso com alguns achados. Quer saber?… Veja só: uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford e publicada no início deste ano, intitulada “Traços Psicóticos em Comediantes”, investigou 523 comediantes e os comparou com um grupo controle composto de 350 pessoas (o de não comediantes). Sabe o que eles descobriram? As pessoas que passeiam pelo humor apresentaram elementos criativos e o “jeito de pensar” (estilo cognitivo) muito semelhante a pessoas com psicose, esquizofrenia e com transtorno bipolar do humor, segundo Gordon Claridge, da Universidade de Oxford, Departamento de Psicologia Experimental. Segundo o pesquisador, os comediantes utilizam seu ato cômico, muitas vezes, como uma forma de lidar com as agruras e inquietudes pessoais.

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