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Lira se afasta de Bolsonaro, mas diz não ver motivos para investigar deputados em atos golpistas

“O meu CPF é um, o CPF do presidente Bolsonaro é outro”, disse o presidente da Câmara

Em mais uma repercussão sobre os atos golpistas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP) respondeu à imprensa sobre a possível responsabilidade de Jair Bolsonaro (PL) sobre o ocorrido. “Cada um responde pelo que faz”, disse. Numa aparente tentativa de se afastar do ex-mandatário, Lira ainda afirmou: “O meu CPF é um, o CPF do presidente Bolsonaro é outro.”

O presidente da Câmara também declarou não ter visto indícios de que os deputados André Fernandes (PL), Clarissa Tércio (PP) e Nikolas Ferreira (PL) tenham incitado o grupo golpista no último dia 8. “Nós temos de ter calma neste momento e investigar todos os aspectos. A nossa fala não muda: todos que praticaram e contribuíram para esses atos de vandalismo devem ser severamente punidos”, afirmou, nesta segunda, durante visita a um Batalhão da Polícia Militar localizado próximo à Praça dos Três Poderes, realizada junto com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o interventor federal na segurança do DF, Ricardo Cappelli.

Lira também comentou que os parlamentares que mentiram e divulgaram fake news sobre os ataques serão “chamados à responsabilidade”. O presidente ressaltou, porém, que a punição dos envolvidos será feita pela Justiça. “A Câmara tão somente vai contribuir para fornecer, como já fez, todas as evidências, filmagens, perícia, contribuir para a identificação dos culpados e ajudar na formulação de leis que impeçam que esses atos se repitam”, afirmou.

Participação de deputados

Na última quarta-feira (11), o Ministério Público Federal (MPF) enviou um pedido de abertura de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso. Os deputados André Fernandes, Clarissa Tércio e Nikolas Ferreira são alvos de uma petição apresentada por advogados do Grupo Prerrogativas, que tentam impedir a posse dos parlamentares acusando-os de terem ferido o decoro parlamentar ao apoiarem publicamente os ataques ao Estado Democrático de Direito.

Entre os parlamentares que disseminaram desinformação, o deputado Abilio Brunini (PL) publicou nas redes sociais um vídeo no Salão Verde da Câmara em que afirma que não houve “praticamente nenhum estrago” no local. “É que, se você fica assistindo só na internet, parece que está tudo quebrado em Brasília. Mas não é verdade”, diz no vídeo.

Fonte: Metro 1

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