Notícia

Onda de violência deixa rastro de saques e mortes na África do Sul

Protestos iniciaram após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma por desacato à Justiça; manifestantes também querem melhora da situação econômica no país

A África do Sul vive dias de violência após a prisão de Jacob Zuma, ex-presidente do país. Zuma, que enfrenta acusações de fraude, corrupção e crime organizado, foi condenado a 15 meses de prisão por desacato à Justiça após se negar a comparecer a uma comissão anticorrupção. A detenção do antigo companheiro de Nelson Mandela se traduziu em cinco dias de saques, pilhagens e protestos, contra a prisão e a situação econômica do país.

Manifestantes entraram em confronto com a polícia em várias áreas do país e shopping centers foram saqueados nesta terça-feira (13), na pior agitação popular do país em anos. Estradas foram bloqueadas e caminhões a partir de sexta-feira (9), um dia após o ex-presidente se entregar à Justiça.

A África do Sul está imersa em uma grande crise econômica e é o país do continente africano mais atingido pela pandemia. Com cerca de 2,2 milhões de casos e 64 mil mortes por covid-19, a África do Sul já estava perto de um completo colapso do sistema hospitalar, devido à propagação da variante Delta do coronavírus. No fim de junho, o país decretou toque de recolher nas províncias mais afetadas, das 21h às 4h, mas mesmo assim tem registrado quase 18 mil infecções por dia.

Na segunda-feira (12), o exército sul-africano começou a enviar tropas militares para conter os distúrbios e restaurar a ordem, em especial para Johannesburgo, palco de violência e de saques desde sexta-feira (9). Apesar do envio de tropas militares para as províncias afetadas, a escalada da violência e os saques não dão sinais de arrefecimento, e o balanço de mortos continua a aumentar. Pelo menos 45 pessoas já morreram no país e 750 foram presas.

Fonte: Metro1

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo