Com doença congênita, criança de 4 anos é barrada em avião em Salvador
Após uma semana de apresentações com casa lotada no Teatro Castro Alves, emSalvador, a coreógrafa Deborah Colker enfrentou problemas para viajar em um voo Gol, com destino a Porto Alegre e escala no Rio de Janeiro, no fim da manhã desta segunda-feira, 19. A decolagem do voo G3-1556 do Aeroporto Internacional de Salvador estava marcada para as 11h50 e tudo sugeria que cumpriria o horário. Após o embarque de todos os passageiros e o fechamento das portas, porém, a tripulação tentou impedir que o neto da coreógrafa, um menino de 4 anos que sofre com uma doença de pele hereditária, seguisse viagem no avião.
Já sentados nas poltronas da aeronave, a família teria sido abordada por um funcionário da companhia aérea. Segundo Clara Colker, a mãe do garoto, foi questionada se teria algum atestado médico para a criança. "Ele está bem, tem um problema genético. Sou mãe dele e responsável por ele. Insatisfeito, o cara foi até a cabine", escreveu Clara em um desabafo nas redes sociais. Ele então voltou com outra funcionária que teria dito que o voo seguiria apenas com aval médico.
Um médico foi convocado a bordo para avaliar a situação. Segundo relatos de outros passageiros, funcionários da Infraero e agentes da Polícia Federal aguardavam do lado de fora. "Quando o médico chegou falamos: ‘Ele tem uma deficiência genética! Epidermolise bolhosa!’. E o médico falou: ‘Ah, Epidermolise bolhosa! Nao tem problema nenhum’."