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Pagamento do 13º salário deve injetar r$ 369,4 bilhões na economia brasileira, aponta Dieese.

O pagamento do 13º salário deve injetar R$ 369,4 bilhões na economia brasileira até o dia 20 de dezembro, conforme cálculos divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor equivale a 2,9% do PIB e beneficiará 95,3 milhões de pessoas, entre trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos, aposentados e pensionistas.

Por lei, a primeira parcela deve ser liberada até 30 de novembro. Como a data cairá em um domingo neste ano, o pagamento deve ser antecipado para sexta-feira, 28, último dia útil bancário do mês. Empresas também podem optar por pagar o benefício em parcela única, mas especialistas — como o IOB — recomendam que o depósito seja feito ainda em novembro.

Do total previsto, R$ 260 bilhões (70,4%) serão destinados a empregados formais, enquanto R$ 109,5 bilhões (29,6%) irão para aposentados e pensionistas. Entre os beneficiários, o INSS deve pagar R$ 64,8 bilhões, seguido por aposentados e pensionistas da União (R$ 9,9 bilhões), dos estados (R$ 20,5 bilhões) e dos municípios (R$ 14,2 bilhões).

O Dieese reforça que o 13º salário continua sendo um importante estímulo para a economia, com impacto direto sobre o consumo, a geração de renda e a arrecadação de impostos no fim do ano. O valor médio considerado para a estimativa foi de R$ 3.512. A Região Sudeste concentra quase metade do montante nacional, com 49,6%, seguida pelas regiões Sul (17,3%) e Nordeste (16,4%).

13º do INSS já foi pago

Aposentados e pensionistas do INSS receberam o benefício no primeiro semestre, seguindo a política de antecipação adotada desde 2020. Tradicionalmente, a primeira parcela é paga no meio do ano e a segunda, no benefício de novembro.

Quem tem direito ao 13º salário

O 13º é pago a trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos, aposentados, pensionistas do INSS e beneficiários de regimes próprios de Previdência. Criado pela Lei 4.090/1962, o benefício é uma garantia prevista na Constituição Federal e integra cláusula pétrea, o que impede mudanças por legislação ordinária.

Como é calculado o valor

O total recebido varia conforme os meses trabalhados no ano e tem como base o salário do beneficiário. A primeira parcela, paga sem descontos, corresponde à metade do salário integral. Já a segunda parcela sofre retenções de INSS e, quando aplicável, de Imposto de Renda. Horas extras, adicionais e comissões frequentes também devem ser incluídos na conta.

Por Ana Almeida / 13/11/2025 às 19:00TweetarCompartilhar

Foto: reprodução

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