O prefeito Bruno Reis (UB) ressaltou nesta quarta-feira (10) o motivo de ir contra o Projeto de Lei Complementar nº 05/2022, que trata do reajuste salarial dos agentes de combate a endemias e dos agentes comunitários de saúde e acusou mais uma vez o seu antigo aliado, o presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS) Geraldo Jr. (MDB), de tentar dar um ‘golpe’ ao incluir ‘jabutis’ no projeto.
“Como todos os servidores da Prefeitura, exceto essa categoria, os projetos só foram para Câmara após um acordo. O que houve na Câmara foi um ‘jabuti’, algo que o plenário não apreciou, algo que ainda estava em discussão e que foi inserido de forma inconstitucional e ilegal, que é a implantação do piso”, declarou o prefeito.
De acordo com Bruno Reis, o reajuste de salário para a categoria já havia sido conversado, no entanto, a base seria mais baixa, dentro do orçamento que poderia ser autorizado. “Hoje, os agentes comunitários de endemias têm um salário base de R$ 1951, nós havíamos feito uma proposta em mesa dando um reajuste de 72%, chegando a R$ 3358, 61% acima do que foi dada a todos os outros servidores”.
Segundo o político, as consequências para a aprovação da PL iriam afetar diretamente a verba de outros setores sociais necessários ao dia a dia dos soteropolitanos.
“Se nós deixarmos a proposta, essa irresponsabilidade cometida pela Câmara Municipal, que não tem competência, que é competência privativa do executivo, iniciativas que geram aumento da despesa e aumento de vencimento dos servidores, o salário sai de R$ 1951 para R$ 6681, um impacto de R$ 310 milhões nas contas da Prefeitura. Não há recursos. Senão vou ter que cortar funcionamento das UPAs, de hospitais, reduzir a quantidade de postos de saúdes, de escolas, comprometer a coleta do lixo, o transporte público e nós não iremos permitir isso, não há como ganhar R$ 6681, com todo respeito aos agentes comunitários de endemias e reconhecimento ao trabalho que eles fazem, eles que são trabalhadores de nível fundamental, um reajuste de 242%, quem é que teve um reajuste de um ano para o outro de 242%? Nenhum orçamento de nenhum órgão público, prefeitura ou governo suporta um reajuste dessa magnitude”, concluiu.
Fonte: Bahia.ba