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Bahia passará a realizar transplante de fígado em crianças

Crianças baianas que precisam de transplante de fígado não necessitarão ir para outros estados para realizar o procedimento, que passará a ser feito no Hospital Martagão Gesteira, em Salvador. Referência em pediatria, a unidade firmou uma parceria de aperfeiçoamento técnico com o Hospital Sírio-Libanês para realização da cirurgia. A parceria teve início nesta segunda-feira (02), em uma cerimônia que contou com a presença do secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas.

Atualmente cerca de 170 crianças aguardam por um fígado na Bahia e têm que se deslocar para outros estados para serem transplantadas.

Durante a parceria, profissionais das duas instituições trabalharão em conjunto e realizarão os primeiros transplantes no estado. A tutoria do Sírio-Libanês abrangerá as áreas clínicas, anestesiologia e enfermagem, além dos próprios procedimentos cirúrgicos que serão realizados em conjunto pelas equipes dos dois hospitais.

Setembro Verde

A assinatura da parceria acontece no início do mês de setembro, chamado “Setembro Verde”, é o mês dedicado à Campanha de Incentivo à Doação de Órgãos, em função do dia 27, dedicado aos santos gêmeos, Cosme e Damião, considerados patronos dos transplantes e apontados como responsáveis pelo primeiro transplante realizado no mundo – o transplante de uma perna, retratado por um pintor espanhol do século XVI, em tela que se encontra exposta no Museu do Prado.

Na Bahia, no primeiro semestre desse ano, foram contabilizadas 78 doações múltiplos órgãos e 317 doações de córneas, possibilitando a realização de 26 transplantes de fígado, 168 de rins e 385 de córneas. No mesmo período, foram disponibilizados dois vôos do GRAE, 33 vôos da Casa Militar da Bahia e um vôo da Força Aérea Brasileira (FAB) para transporte de equipes e órgãos para captação de órgãos e transplantes na Bahia. Comparando o primeiro semestre de 2018 com o mesmo período desse ano, foi registrado um crescimento de 30% no número de doações efetivas, 30% no número de transplante renal e uma redução de 20% no número de pacientes na fila de espera por córnea.

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