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Governo anuncia R$ 9,8 bilhões para adaptar unidades do SUS às mudanças climáticas.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou neste domingo (30) um investimento de R$ 9,8 bilhões em ações de adaptação climática no Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio ocorreu durante o 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão) e marca a maior iniciativa já voltada para preparar a rede pública diante de eventos climáticos extremos.

Segundo Padilha, o objetivo é garantir que unidades de saúde estejam aptas a funcionar mesmo em cenários de maior instabilidade ambiental.

“A crise climática é um problema de saúde pública. Um a cada 12 hospitais no mundo paralisa por eventos climáticos extremos. Precisamos de um sistema que se antecipe e se adapte para garantir atendimento a todos”, afirmou o ministro.

Profissão de sanitarista regulamentada

Durante o evento, o Ministério da Saúde também assinou portarias que instituem a Comissão Técnica de Registro Profissional do Sanitarista e o Comitê de Acompanhamento de Formação da Profissão, conforme previsto na Lei nº 14.725/2023.

As novas instâncias irão definir critérios de formação, analisar registros profissionais, consolidar a identidade da categoria e organizar o sistema digital de cadastro.

“Valorizar o sanitarista é reconhecer a essência do SUS. Junto com a Abrasco, iniciamos a regulamentação da profissão. É um avanço significativo para a saúde coletiva”, disse Padilha.

Guia de Unidades de Saúde Resilientes

O ministério também lançou o Guia Nacional de Unidades de Saúde Resilientes, documento que passa a integrar o Novo PAC Saúde e orienta como UBS, UPAs e hospitais devem ser construídos ou adaptados para resistir a eventos extremos. As diretrizes envolvem:

  • estruturas reforçadas;
  • autonomia de energia e água;
  • inteligência predial;
  • padrões elevados de segurança.

Grupo técnico instalado

Para detalhar as diretrizes de resiliência, foi criado um grupo técnico composto por especialistas do Ministério da Saúde, Fiocruz, Anvisa, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e conselhos de saúde.

A agenda integra a estratégia nacional de fortalecimento da infraestrutura do SUS diante do impacto crescente da crise climática sobre serviços essenciais.

Por Fernanda Mamona / 30/11/2025 às 19:31

Foto: Carolina Antunes/MS

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