Não renunciarei, afirma Temer
A renúncia de Michel Temer (PMDB) dada como certa no início da tarde desta quinta-feira (18) acabou não saindo neste momento. O presidente optou, após extensivas reuniões, por não deixar a rampa pela porta dos fundos. Na última sexta-feira (12), o peemedebista completou um ano à frente da presidência. Na manhã desta quinta, o ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB) entregou o cargo, sendo a primeira baixa pública. No entanto, o Congresso Nacional amanheceu sem a tropa de Temer o que indica, nos bastidos, o isolamento do presidente. Conforme apurou a reportagem do BNews as declarações do senador Ronaldo Caiado, líder do DEM, que sugerem a renúncia seguida de convocação de eleições diretas refletem o sentimento da base de Temer no Congresso.
Com índices de popularidades abaixo dos 5% o que dá sustentação ao presidente é a base aliada. No entanto, a habilidade de negociar com o Legislativo não foi suficiente para garantir a Temer representantes de peso na sua defesa. A trincheira foi esvaziada e os tucanos desembarcaram também. A diferença entre os representantes do PSDB e do DEM é que os primeiros defendem eleições indiretas e os segundos a diretas. Para além, já se discutia na Câmara dos Deputados a linha sucessória. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), é investigado pela Lava Jato e recebeu dinheiro de OAS, UTC, Odebrecht e ainda paira sobre ele o “risco”, conforme relatado à redação deste site, a possibilidade real de estar na delação de Eike Batista.