STJ investiga se Negromonte negociou propina de R$ 25 mi para PP e PT
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) investiga se o ex-ministro Mário Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, usou o Ministério das Cidades para negociar propina de R$ 25 milhões que seria distribuída para partidos políticos. A suspeita é de que Negromonte acertou com o doleiro Alberto Youssef e com um sindicato da área de rastreadores qual seria a empresa que ficaria responsável pela implementação do sistema nacional de rastreamento de veículos automotores. O mecanismo seria aprovado pelo (Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), órgão vinculado ao Ministério das Cidades. Segundo Youssef, um dos principais delatores do esquema de corrupção da Petrobras, as vantagens ilícitas seriam pagas para o PP e PT. O doleiro contou aos investigadores da Operação Lava Jato que foram três encontros com Negromonte para definir a empresa que seria escolhida e pagaria a propina. De acordo com o relato, teria sido escolhida uma empresa em Minas Gerais, controlada por uma companhia chinesa.
Nas investigações, Youssef afirmou ainda que houve uma briga interna no PP que acabou tirando Mário Negromonte do ministério, mas que o ex-ministro assegurou que o comando do partido tinha manifestado interesse em manter o negócio. O doleiro, no entanto, disse que "não participou do processo de recebimento desses valores e nem [sabe dizer] se foram de fato entregues". Youssef afirmou que chegou a ficar tão empolgado com o acerto que gastou R$ 4 milhões na compra de uma empresa do segmento de rastreadores em Goiânia.