EUA voltam a validar 60 mil vistos suspensos com decreto de Trump
O governo dos Estados Unidos informou ontem que vai cumprir a decisão judicial que suspendeu o veto à entrada de refugiados, além de imigrantes de sete países de maioria muçulmana. Os departamentos de Estado e de Segurança Interna informaram que já passaram a permitir que pessoas com vistos válidos entrem no país e que deixarão de barrar viajantes de Irã, Iraque, Síria, Sudão, Somália, Líbia e Iêmen. Com a decisão, os quase 60 mil vistos suspensos após o decreto executivo do presidente Donald Trump serão aceitos, desde que não tenham sido fisicamente danificados. Em nota, a Casa Branca já informou que irá apelar da sentença.
O anúncio ocorre após o juiz federal de Seattle James Robart ordenar a suspensão em caráter temporário a ordem executiva emitida pelo presidente Donald Trump, na sexta-feira (3). A medida, que vale para todo país, foi o golpe mais duro até agora contra o polêmico decreto, que gerou protestos nos Estados Unidos e em várias cidades do mundo.
Robart bloqueou o decreto momentaneamente, enquanto estuda um recurso de amparo apresentado pelo procurador-geral do estado de Washington, Bob Ferguson. "A Constituição prevaleceu hoje", manifestou Ferguson, após a sentença. "Ninguém está acima da lei, nem mesmo o presidente."
Trump classificou como "ridícula" a posição do juiz James Robart. Por meio de seu Twitter, o presidente americano se manifestou neste sábado (4) sobre o assunto. "Quando um país não é mais capaz de dizer quem pode e quem não pode entrar e sair, especialmente por razões de segurança – grande problema!", escreveu o republicano em sua conta. "A opinião desse suposto juiz, que essencialmente leva a aplicação da lei para longe do nosso país, é ridícula e será anulada". O presidente argumentou ainda que "certos países do Oriente Médio concordam com a proibição".