Wagner Moura está “fantástico” em sua estreia em Hollywood, diz The New York Times
A performance do ator Wagner Moura em “Elysium”, sua estreia em Hollywood, foi descrita pelo jornal “The New York Times” como “fantástica” na crítica dedicada ao filme. Na ficção científica dirigida por Neill Blomkamp ("Distrito 9"), Moura atua ao lado de astros como Matt Damon e Jodie Foster.
O longa ganhou um evento de gala em sua première na quarta-feira, no Regency Village Theatre, em Los Angeles. A crítica, assinada por Manohla Dargis, não se presta a falar muito sobre a atuação do brasileiro, mas cita seu personagem, Spider, e dedica o adjetivo “fantástico” para descrevê-lo no papel.
Em geral, o texto se alinha com outras críticas já publicadas sobre “Elysium”. A opinião comum é que “Elysium” é um bom filme, mas que poderia ter sido melhor se a metade final da trama não virasse uma perseguição frenética nos moldes de qualquer blockbuster de verão.
Personagem
Spider é uma mistura de revolucionário, hacker e contrabandista de humanos: ele transporta pessoas ilegalmente para Elysium, um “paraíso” construído na órbita terrestre onde moram os ricaços do futuro. O personagem tem nacionalidade indefinida, embora Moura o interprete com um sotaque brasileiro.
Nesta Terra do futuro, ficam apenas os trabalhadores e quem não tem condição de pagar pela viagem. Matt Damon faz Max, um operário que precisa alcançar Elysium na tentativa de salvar a própria vida, e Spider é sua única saída. Wagner Moura tem no filme a companhia de uma compatriota, a atriz Alice Braga. Ela vive Frey, amiga de infância de Max e seu interesse romântico. “Elysium” estreia em 20 de setembro no Brasil.
Ator de elite
“"Elysium’ é sobre diferenças sociais”, disse Moura. “Meu personagem é meio que um líder dos excluídos, mas passa longe da ideia romântica do revolucionário bonzinho.” Chamado por Blomkamp depois que o diretor assistiu a “Tropa de Elite” (2007), Moura não recebeu pressão para disfarçar o sotaque em sua estreia em Hollywood. “Neill procurou um elenco multicultural. Talvez reforce as teorias de globalização e de exclusão. Ele nos estimulava a improvisar coisas que reforçassem essas identidades”, explica o ator. “Não está explícito que Spider é brasileiro, mas eu agi como se fosse.”
Confira o trailer: