O secretário do Turismo e presidente da Bahiatursa, Domingos Leonelli, defende a realização da festa nas cidades atingidas pela seca. ”O São João é um momento de festa que nós enxergamos como economicamente positivo. Imagine o povo que já está sofrendo com a seca ser privado de toda a movimentação que a festa gera não apenas para a grande indústria e o grande comércio, mas para a economia informal”, diz. O secretário diz que no período das festas juninas, mais de 500 mil pessoas saem da capital rumo ao interior. ”Isso movimenta uma imensa cadeia, que passa por bebidas, comida, vestuário e até hospedagem, porque muitas casas são transformadas em pousadas”, destaca.
Segundo ele, a divisão dos recursos foi feita com base na avaliação de uma comissão com representantes das secretarias de Relações Institucionais (Serin), Cultura (Secult), Comunicação (Secom), Casa Civil e Turismo (Setur), além de representantes da Bahiatursa. Este ano, o volume para a realização das festas aumentou 36% em relação ao ano passado, quando o Estado disponibilizou R$ 2,8 milhões para 62 municípios. Cuidado com as contas – O presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Paulo Maracajá, acredita que não há nada de errado nos municípios atingidos pela seca receberem recursos do Estado para realizar as festas juninas. Mas ressalta: “É preciso ter cuidado com os gastos dos cofres dos municípios”. De acordo com Maracajá, as 22 inspetorias regionais do TCM estarão atentas aos gastos “que não forem razoáveis” feitos pelas prefeituras.