Viúvas dos jogadores se unem e entram na justiça contra a Chapecoense.
Era algo mais do que previsível.
Viúvas procurando a justiça para acionar financeiramente a Chapecoense.
Reivindicando uma remuneração mais justa pelas mortes dos maridos.
A ação da esposa do volante Gil já foi protocolada na 1ª Vara de Trabalho de Chapecó.
As das viúvas de Bruno Rangel, Canela e Ananias e do Gimenez estão encaminhadas.
E não deverão ficar só nessas.
19 jogadores estavam entre os 71 mortos na queda do avião da Lamia, no dia 29 de novembro de 2016.
O acidente aconteceu há exatos 101 dias.
No meio da comoção provocada pelo maior acidente envolvendo um time de futebol,em todos os tempos, a direção da Chapecoense garantiu que a família dos seus ‘heróis’ ficariam assistidas, protegidas.
O clube pagou os dias já trabalhados naquele mês de novembro, 13º salário e férias proporcionais, além de direito de imagem. E mais um seguro de vida pago pelo clube, da Porto Seguro, e outro pela CBF, do Itaú Seguros. Havia um teto nos seguros e se baseavam no salário declarado na carteira de trabalho.
Aí é que está um dos grandes problemas.
Para pagar menos encargos trabalhistas, o que fazem os clubes de todo o Brasil? Usam um artifício. Driblam a legislação pagando a maior parte dos salários em direito de imagem. E reservam uma quantia pequena para a carteira de trabalho. A proporção mais comum é 70% em direito de imagem e só 30% na carteira.
Tudo que foi pago para as viúvas dos jogadores está baseado na carteira.
O seguro de vida pago pelo clube catarinense foi de 40 salários.
As viúvas querem receber a indenização total, que os direitos de imagem sejam acrescidos.
A direção da Chapecoense garante que pagou o que a lei determina.