BA-VI e a decisão: O Bahia de sua torcida
O Bahia que entrará em campo neste domingo será o Bahia de toda sua torcida. Não haverá espaço para as incertezas que atormentavam e dividiam seus torcedores quando ele entrava em campo nesta temporada; incertezas, diga-se de passagem, mais do que justificadas. Mas, agora não, porque o jogo de logo mais será jogado pelo velho Esquadrão de Aço, que nos últimos jogos, mesmo sem convencer seus mais otimistas torcedores, reuniu de novo em torno de si toda sua torcida. Seus milhões de torcedores (de torcedores e não de ressentidos com o time rival…) formarão uma unidade, tornar-se-ão um só corpo, uma só voz e uma só fé no sucesso do Bahia.
Este jogo não seria grande coisa, se um bicampeão brasileiro não estivesse nele, afinal, em termos de futebol, o baianinho é quase nulo. Só o prestígio do Tricolor de Aço salva esta competição. Aliás, a histeria fedorenta que impregnou os ares de Salvador nesta última semana não deixou nenhuma dúvida de que a Bahia gira em torno do Baêa.
Mas, o sucesso do Tricolor neste jogo servirá tão-somente como justificativa para mais uma festa da cidade de São Salvador da Bahia, afinal a posse de 40 e tantos títulos domésticos – e a possiblidade de o Bahia ser ultrapassado é remotíssima – faz com que o próximo título seja apenas “mais um”, uma mera “estatística”. Não se trata de arrogância, mas da constatação do óbvio: por que a torcida que foi a primeira campeã brasileira se comportaria de modo histérico na disputa de mais um título doméstico? Por que ela insistiria em se orgulhar demasiado de novas conquistas domésticas quando ela tem “vocação nacional” e tem títulos locais para dar, emprestar e vender? Temos sede, sim, de mais um título nacional de primeira classe.