Documento apreendido na casa de ex-diretor da Petrobras indica repasse para campanha
Durante a operação Lava Jato 2, deflagrada na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal apreendeu um documento na casa do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, dão indícios de que ele intermediava repasse de dinheiro entre empreiteiras e políticos. Costa foi preso na primeira etapa da operação, para evitar que destruisse provas. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso ao documento apreendido, é uma tabela escrita à mão com três colunas: “nome da empresa”; “executivo, com os responsáveis das empresas” e “solução”, com o andamento da negociação. Na análise das apreensões, a PF afirma que o documento traz “Diversas anotações que indicam possíveis pagamentos para ‘candidatos’, podendo indicar financiamento de campanha". Ainda de acordo com a Folha, as companhias citadas são conhecidas doadoras de campanha. Em soluções, aparecem frases como: "Está disposto a colaborar. Iria falar com executivo para saber se já ajudam em algo" e "Já teve conversa com candidato, vai colaborar a pedido do PR". A PF apura se a abreviação “PR” significa Paulo Roberto. As anotações foram feitas em fevereiro, sem indicação de ano. Outro documento citado no relatório da Polícia Federal tem o título "PLANILHA VALORES (Existente/Entradas/Saídas) a partir de 30/11/12 até 03/06/13”, que para a polícia, parece ser uma ‘contabilidade manual’ da empresa Costa Global, cujo ex-diretor é proprietário. Na coluna “Entrada”, é mencionado “primo”, apelido pelo qual é conhecido o doleiro Alberto Youssef, que é apontado como um dos coordenadores da organização criminosa. Informações Bahia Notícias