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Maragojipe: Deputados visitam Estaleiro Enseada Paraguaçu paralisado depois da Operação Lava-Jato

 A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados realizou visita técnica ao Estaleiro Enseada Paraguaçu, em Maragogipe, na Bahia. O objetivo da visita foi analisar a situação do estaleiro que está com seu funcionamento paralisado desde outubro do ano passado, depois que a operação Lava-Jato da Polícia Federal revelou um esquema de corrupção envolvendo a empresa Sete Brasil responsável pela contratação do estaleiro para a Petrobras. O Enseada Paragaçu foi construído para produzir sondas para perfuração de petróleo na camada do Pré-Sal. O diretor de relações institucionais do Enseada, Márcio Cruz , lembrou que o estaleiro deveria estar empregando atualmente mais de três mil funcionários, mas conta hoje com apenas 117 pessoas encarregadas da manutenção e da segurança do local. "Não existe uma perda desse equipamento, apenas um custo de manutenção dele que não é pequeno, mas que será mantido pela empresa para assegurar que esse patrimônio esteja pronto para retomar a atividade." Para o presidente da Comissão, deputado Benjamin Maranhão, do Solidariedade da Paraíba, os contratos firmados pela Petrobrás precisam ser cumpridos para evitar perdas maiores para o país. "Nós iremos convocar o presidente da Petrobrás para discutir sobre esse tema. É preciso que a Petrobrás tome uma posição, principalmente em relação à manutenção dos contratos com esses estaleiros. Porque o grande problema agora não é só o financiamento, é a reafirmação por parte da Petrobrás dos contratos que já foram firmados e que são juridicamente existentes." O deputado Jorge Solla, do PT da Bahia, defendeu que se continue com as investigações e com o combate à corrupção, mas sem prejudicar o desenvolvimento de um setor importante para o país como o setor naval. "Não podemos permitir que o combate à corrupção, que é essencial, venha a paralisar, ou mesmo inviabilizar os investimentos na indústria naval nacional." O município vizinho a Maragogipe, Salinas da Margarida, foi diretamente beneficiado com sua construção, mas que agora sofre um processo de empobrecimento por conta da paralisação da obras. O prefeito de Salinas, Jorginho, pede uma solução urgente para o problema que vem sendo enfrentado pela população da cidade e de mais 15 municípios da região. "Criou-se uma expectativa de uma geração de emprego e renda para a nossa comunidade. Quando a gente começa realmente a implementar cursos profissionalizantes para melhorar a qualificação dos nossos jovens para buscar melhores empregos infelizmente há essa paralisação que afetou não só em termos direto dos empregos, mas também todo o comércio que estava sendo gerado pela quantidade de profissionais que estavam residindo em nosso município." O Estaleiro já está com 83% de suas obras concluídas e até agora já foram gastos 3 bilhões de reais.

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